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Em uma campanha de marketing, existe uma parada que não pode ficar de fora da sua estratégia.

Algo que faz toda diferença para que você conquiste o ‘sim’ do seu cliente.

Eu estou falando de timing.

Eu, sinceramente, não consigo imaginar marketing sem timing.

É como o lançamento de um foguete.

Analisa aqui comigo. 

O timing de orquestrar os ingredientes necessários para o lançamento influencia na acumulação de energia do foguete.

Não é à toa que fazem contagem regressiva antes do lançamento de um foguete.

Nessa parada existem várias equipes envolvidas e elas precisam fazer várias coisas no timing certo.

São muitas travas de segurança, coisas explosivas. Então o que acontece é timing.

E o timing certo resulta numa concentração de energia para o foguete subir. 

E em uma campanha de marketing é a mesma coisa.

Se você orquestra corretamente o timing das coisas, a tendência é ter bons resultados.

A tendência é fazer 6 em 7.

Em todos os meus lançamentos eu dou atenção ao timing. 

Timing é decisivo. 

Quer entender por quê?

Então segue aqui comigo que eu explico tim tim por tim tim.

Se preferir, você pode assistir o vídeo que eu gravei sobre esse assunto:

Ou você pode ouvir só o áudio, que está disponível em qualquer uma dessas plataformas: Spotify, iTunes, Castbox, Google Podcasts, Soundcloud, Deezer, Player FM, Stitcher.

E para começar, deixa eu te explicar…

O que é timing e por que ele é importante em um lançamento?

Ao pé da letra, timing significa em português: “cronometragem”, “prazo”, “coordenação do tempo”.

Mas trazendo pro nosso dia a dia, timing quer dizer “o momento certo de fazer algo”. 

Pra você ter uma ideia, timing é importante até na hora de fazer uma piada. Existe diferença entre fazer uma piada com timing e sem timing.

Inclusive, um tempo atrás ouvi um podcast em que o Leo Lins falava sobre o timing na piada.

Eu estava tentando aprender a ser engraçado, então decidi ouvir esse podcast. Eu nem sei se esse podcast ainda existe. O Leo Lins, que é comediante, atualmente trabalha com o Danilo Gentili no “É de Noite”. 

E nesse podcast ele falou dos fundamentos de uma piada. Um dos fundamentos era timing.

Então ele contava a mesma piada com diferentes timings. Uma fazia rir e a outra não. Tudo por causa do timing.

E ele fez só para mostrar a diferença de saber fazer uma piada no momento certo.

Para você ter uma noção dessa parada, entre 2012 e 2013, até fizeram um estudo sobre a importância do timing em uma piada. 

Esse estudo foi feito durante a passagem do Furacão Sandy, que atingiu Bahamas, Cuba, Haiti, Jamaica e República Dominicana. Ele matou mais de 100 pessoas.

E o pesquisador sabia que esse furacão chegaria até os Estados Unidos e decidiu fazer o estudo para descobrir quando é socialmente aceitável que uma tragédia possa se tornar engraçada.

E funcionou assim.

Ele selecionou 1.064 pessoas, com idade média de 31 anos, para ler e analisar três tweets. 

Os tweets traziam piadas e brincadeiras relacionadas ao Sandy e os participantes tinham que avaliar em uma escala de 1 a 7 o quão engraçado, ofensivo ou chato era o conteúdo.

Esse conteúdo foi postado, no geral, antes do furacão chegar nos Estados Unidos, durante a passagem dele pelo país e depois que ele foi embora.

E a conclusão foi a seguinte: ninguém riu das piadas nos primeiros dias de furacão. Só que depois do primeiro mês, as pessoas passaram a achar o conteúdo muito engraçado. E, por fim, depois que o furacão Sandy já tinha ido embora, ninguém achou mais nada engraçado. 

Ou seja, até em um momento complicado, como a passagem de um furacão, dá para fazer piada. Mas é preciso saber o timing certo. 

Se você quer ler esse estudo, basta clicar aqui.

E timing é importante até para conseguir um “sim” de alguém, por exemplo.

Eu mesmo não peço nada para a minha esposa na parte da manhã. A Ju não é uma pessoa que trabalha bem de manhã. Ela demora um pouquinho para acelerar. 

A Ju é uma pessoa mais noturna, o melhor horário dela é à noite. Então eu aprendi que brincar, fazer e acontecer não funciona com a minha esposa de manhã. 

É aquela história… Quando você faz a pergunta é tão importante quanto a pergunta em si. 

Isso me faz lembrar de um outro estudo científico muito legal sobre timing feito por pesquisadores de Universidade de Columbia, nos Estados Unidos.

Nesse estudo, foram analisadas 1.112 decisões judiciais, de dez juízes diferentes, em um período de 10 meses.

A ideia era analisar os julgamentos e identificar se existe um padrão de decisões favoráveis que possam ser associados a certos momentos do dia.  

Ou seja, se existe diferença entre julgar um processo na parte da manhã e no fim do dia, por exemplo.

E olha só, os pesquisadores descobriram que a probabilidade de uma decisão ser favorável é maior no início do dia de trabalho ou após uma pausa para comer. 

Esse estudo mostrou que no começo do dia, a chance de receber uma decisão favorável é de 65%. Ao longo do dia, essa porcentagem vai caindo.

A conclusão dessa parada é que o horário dos julgamentos afeta diretamente nas decisões dos juízes. 

Ou seja, existe timing até para conseguir uma decisão favorável em um julgamento…

Para ler os detalhes desse estudo, é só clicar aqui.

A real é que para tudo existe timing. 

Até os algoritmos das redes sociais checam o timing. Eles consideram o timing na hora de falar que algo é relevante ou não.

Timing é a essência de tudo numa campanha de marketing. 

Nos meus lançamentos timing é decisivo.

Cada email, cada conteúdo de pré-lançamento, cada palavra, cada palavra dentro do conteúdo. É timing dentro do timing. 

Absolutamente tudo é decisivo.

Eu, sinceramente, não consigo imaginar uma campanha de marketing sem timing. 

Mas antes de pensar nos detalhes do timing em um lançamento, você precisa decidir o momento certo para buscar o seu 6 em 7. 

Esse é o tema do meu próximo tópico.

Qual o melhor timing para queimar a ponte e se dedicar 100% ao 6 em 7?

Para mim, o melhor timing para se dedicar ao projeto de fazer o 6 em 7 é quando você decide queimar a ponte de tal jeito que não seja possível voltar. É quando você decide jogar o chapéu do outro lado do muro e dá um jeito de ir buscar.

Para mim, queimar a ponte foi sair do meu emprego no banco, lá em Londres.

Foi o dia do chega. Esse foi o meu timing.

Eu prestava serviços para um banco de investimentos e ganhava muito bem com esse contrato.

Só que eu não estava feliz com aquela vida. Eu não queria continuar atuando nessa área.

Até que eu decidi queimar a ponte e pedi demissão.

No primeiro episódio do Podcast 6 em 7, eu contei um pouco da minha história:

Agora, dá para fazer o 6 em 7 sem queimar a ponte? Acho que sim. Por que você tem que ter tanto estresse?

Eu faria sem queimar a ponte, se fosse possível. 

Só que eu cheguei um dia no meu trabalho e senti que não dava mais. 

Eu não consegui mais seguir em frente.

E quando você chega nesse dia, você queima a ponte.

A real é que eu queimo várias pontes, sempre foi assim. Mas ao longo dos anos, eu mudei o jeito de fazer isso.

Eu já queimei a ponte várias vezes, até mesmo em público. Quando eu disse que gravaria 365 vídeos no meu canal do Youtube, um por dia, ali eu queimei a ponte. 

Foi nesse vídeo aqui:

Falei para a minha audiência e cumpri. Queimei a ponte mesmo. Fiz a promessa e gravei 365 vídeos, um por dia.

Então por eu ser assim, o meu subconsciente já sabe que eu não brinco com isso. 

Só que hoje em dia, eu uso uma estratégia de dar uma pré-queimada na ponte. 

Segura essa.

Eu não chego e já vou queimando a ponte. Eu vou com calma. Falo para o meu subconsciente: se até tal dia eu não fizer X coisa, eu queimo a ponte.

É o que tem funcionado para mim. Isso porque o meu subconsciente acredita quando eu digo que vou queimar.

Você sabe como fazer isso? Se ameaçando. Você já se ameaçou? 

Às vezes eu me ameaço. Porque eu tenho dois “eus”. O “eu preguiçoso” e o “eu que faz as paradas”.

Mas esse sou eu. É assim que eu funciono.

A real é que você não precisa queimar a ponte. 

É só parar de assistir Netflix, parar de ter final de semana. É só usar o tempo melhor. Acordar 3 horas mais cedo. 

Dá para fazer 6 em 7 sem queimar a ponte…

E depois de decidir quando se dedicar ao projeto de buscar o seu 6 em 7, você precisa definir quando fazer o seu primeiro lançamento.

O meu primeiro lançamento foi horrível. 

Talvez você já saiba, talvez não, mas eu fui para Los Angeles, no Estados Unidos, aprender a Fórmula.

Nessa época, eu ainda morava em Londres, na Inglaterra. Então eu fiz essa viagem só para aprender a Fórmula.

E eu lembro que voltei para casa decidido a lançar. Eu voltei com o mindset de “feito é melhor do que perfeito”.

Então, Hugo (meu irmão e sócio) e eu começamos com o que tínhamos. A gente focou no feito e não no perfeito.

Então, basicamente, a gente não falava quando ia ser o conteúdo de pré-lançamento 1, o conteúdo de pré-lançamento 2, o vídeo de vendas… Nada. 

Porque nós simplesmente não sabíamos quando cada conteúdo ia sair. A gente gravava um, soltava e começava a scriptar e gravar o próximo. 

E nem sempre dava certo de gravar e soltar o conteúdo. Era tudo feito muito manual, tosco mesmo. E, às vezes, não dava certo mesmo. 

Às vezes, a gente não dava conta nem de escrever o script do vídeo. 

O que mantinha a nossa motivação era o fato de que já estávamos no barco e esse barco já estava rodando. 

Eu não lembro os detalhes, mas o timing não foi exatamente o certo. Foi mais ou menos certo. 

Eu não tive o timing exato. Só que agora, depois de repetir isso umas 100 vezes, agora eu tenho o timing preciso para fazer um lançamento.

Porque é uma coisa de repetição, é uma habilidade que você desenvolve.

O timing da música vem com o quê? Com a repetição e com a habilidade. Chuto que a primeira vez que você tocou uma música não foi exatamente no timing perfeito. 

Em um lançamento é a mesma coisa.

E a grande sacada é não buscar a perfeição. É buscar o melhor timing que você consegue naquele momento.

E com isso evoluir em ciclos evolutivos, testando a coisa várias vezes… Tal que você evolua. Porque apenas repetir não quer dizer que você vai evoluir.

Motorista de táxi dirige carro todo dia e não quer dizer que ele é o melhor motorista de todos.

Mas se você tem a intenção de praticar para evoluir, aí sim. Isso deixa de ser apenas repetição e vira ciclo evolutivo. 

E dentro do ciclo evolutivo você vai sacando o melhor timing.

Agora, qual deve ser o timing para seu primeiro lançamento?

Na minha opinião técnica, é quando você acha que consegue fazer uma live para 100 pessoas. Eu acho que 100 pessoas é uma estatística legal para começar um lançamento, para julgar se uma oferta está boa ou não. 

Isso porque se tem pouca gente no lançamento, a oferta pode ser fantástica, mas estatisticamente pode não gerar venda e você vai ter um falso negativo.

E dá para fazer umas lives de teste, assim você vai criando confiança.

Claro que nem toda lista é igual, mas ter 100 pessoas em uma live é um bom feeling. 

A real é que se você esperar demais pra ter muita gente, você perde tempo. Você já poderia ter tido ciclos evolutivos antes.

Eu acredito que o número 100 tende a ser uma boa lista para um lançamento semente. 

E se você já lançou um produto

Quando partir para o lançamento do segundo produto?

Depois de lançar o primeiro produto, algumas pessoas já pensam no segundo, terceiro e até quarto produto para ser lançado.

E acredite ou não, existem pessoas lançam tudo ao mesmo tempo

Dá certo? Talvez.

Mas tudo é uma questão de foco.

Eu falei sobre isso com uma pessoa no Projeto #747. Não sei se você sabe, mas o Projeto #747 é uma parada que faço todos os dias (ou quase todos os dias) lá no meu perfil do Instagram.

Funciona assim: eu começo uma live às 7h47 da manhã e convido aleatoriamente algumas pessoas para me fazer perguntas sobre marketing digital e lançamentos digitais.

E um dia desses, uma pessoa perguntou sobre isso de lançar vários produtos ao mesmo tempo.  

Então eu respondi com uma parada legal que eu pensei recentemente. Saca só.

Você já fez aula de direção com um carro blindado?

Na aula de direção com carro blindado, uma das primeiras orientações é: você sempre deve parar o seu carro com uma grande distância do carro da frente.

Em um semáforo ou em um cruzamento, você tem que parar com um bom espaço do carro da frente. 

Isso é direção defensiva.

Mas por que você acha que isso é importante? 

Para facilitar a fuga caso seja necessário. 

Imagina que você está em um carro blindado e chega um assaltante armado. O que você faz? 

Mantém o carro em movimento. Você vai para frente e para trás. Isso com sangue frio e de forma constante.

Sei que pode ser complicado manter a calma. Mas essa é a orientação.

E tem uma explicação lógica. 

Quando você vai para frente e para trás, para frente e para trás, é muito difícil uma pessoa destreinada acertar o tiro no mesmo lugar. 

Isso porque independente do blindado que você tenha, se uma pessoa acerta repetidas vezes o mesmo lugar, uma hora ela consegue e perfurar o vidro.

O vidro trinca, trinca, trinca… Até quebrar. Blindagem mole, bala dura, tanto bate até que fura.

Então o instrutor fala: “se movimenta, se movimenta”.

E a mesma coisa é com 6 em 7. 

Quando você tem 4 lançamentos acontecendo de uma vez, você tá querendo perfurar aquela barreira da habilidade na força.

E com isso você está dividindo a sua energia. 

Então você está perfurando, perfurando, perfurando… Mas nenhuma tentativa tem a força suficiente para atravessar aquela barreira. 

Quando você foca em uma coisa só, você perfura e ultrapassa a barreira.

E uma vez que você fez um furo, aí você se questiona: eu quero um furo maior? 

Você pode escolher entre um furo maior e, com isso, você vai furando nas laterais daquele que já existe. Ou você pode escolher furar em outro lugar.

E com base na sua escolha, você monta a sua estratégia. 

Eu gosto da estratégia do foco até o 6 em 7, até quebrar essa barreira. Funciona melhor do que tentar vários furos de uma vez.

E a real é que eu já vi 6 em 7 em diversos os nichos. Para mim, não existe nicho que não dê para fazer 6 em 7.

Mas é preciso furar essa habilidade antes de partir para outras perfurações. Caso contrário, você fica trabalhando, trabalhando e não consegue um resultado razoável.

Então a hora de partir para o lançamento do segundo, terceiro ou quarto produto, é quando você estiver muito bom no primeiro. 

Ou seja, quando você dominar a habilidade de fazer 6 em 7 com o seu primeiro produto.

E depois que você desenvolve essa habilidade, você começa a prestar atenção em alguns detalhes técnicos. Como por exemplo…

Por quanto tempo você deve deixar o carrinho aberto?

Saber o timing certo para fazer o lançamento é importante…

… Assim como saber o timing certo para fechar o carrinho do seu lançamento.

Na minha opinião técnica, se você quer focar em ganhar mais dinheiro, o ideal são 7 dias de carrinho aberto. Isso pode gerar de 10 a 15% a mais de dinheiro no seu lançamento.

Só que eu acho que você perde um pouco com isso.

Para explicar melhor, vou roubar um termo que o Beto Altenhofen fala muito: entropia.

O Beto é sócio da Empiricus, empresa que faz milhões em lançamentos digitais. 

Ele participou do meu evento presencial, o Fórmula de Lançamento ao Vivo, e falou sobre Marketing Digital. Você pode conferir um pouco nesse vídeo:

E o Beto acredita numa parada interessante. Segundo ele, além de gerar vendas, uma campanha de marketing gera entropia

Tecnicamente, eu não sei explicar o que é entropia, mas eu sei que é uma espécie de energia acumulada. 

Uma entropia alta gera energia. 

Isso quer dizer que eu posso fazer agora uma campanha que gere muitas e muitas vendas, mas com baixa entropia. 

Então na próxima campanha a tendência é vender menos. 

Eu sei que parece complicado de entender. Mas a ideia é que 7 dias de carrinho aberto gera uma baixa entropia, um engajamento menor.

É muito tempo de carrinho aberto…

Se fizer, por exemplo, em dois dias, você vai fatura bem menos, mas vai gerar uma entropia alta. 

Porque você abriu e fechou rápido. Então a audiência pensa: “Olha, ele abre e fecha rápido o carrinho. Na próxima vez eu vou tentar comprar mais rápido”.

Se você demorar 30 dias para fechar o carrinho, vai ganhar mais dinheiro do que em 7 dias, talvez o dobro de dinheiro. Só que da próxima vez o seu cliente em potencial vai falar assim: “Na última vez, ele deixou o carrinho aberto por 30 dias. Eu vou esperar até o último dia para comprar.”

Então as próximas campanhas têm o efeito colateral de uma entropia baixa, com energia baixa.

Com isso, você precisa decidir: qual é a entropia que você quer para sua próxima campanha? Uma entropia alta ou baixa?

Se for pensar no curto prazo, o carrinho aberto por 7 dias é uma boa opção. Agora, no longo prazo, é melhor escolher deixar o carrinho aberto por 5 dias.

No momento, eu estou satisfeito com a entropia de 5 dias no meu negócio. Porque dessa forma eu não deixo tanta entropia… Mas é um balanço. É um balanço da entropia que eu quero.

A minha ideia é sempre fazer um lançamento intenso, escasso e ainda assim faturar.

Mas eu também não descarto a possibilidade de vez em quando dar um choque no sistema.

Isso porque quando faço um lançamento com o carrinho aberto por 5 dias, o sistema já entende, a minha audiência já entende. 

Então pra jogar a entropia lá em cima, deixar a energia extremamente alta, o ideal é abrir e fechar o carrinho no mesmo dia. Quem perdeu vai pensar: “Meu Deus, na próxima vez eu tenho que ficar ligado”.

E de vez em quando você pode gerar uma entropia baixa também, para deixar imprevisível. 

Tem que saber balancear. Tem que saber o timing certo de fazer cada um deles. 

É igual na musculação. Grandes caras como o Arnold Schwarzenegger falam que é importante dar um choque no músculo.

Se você faz um exercício em um dia, no outro tem que fazer diferente, senão o músculo não cresce.

E assim tem que ser com a sua audiência. Você tem que dar choque de entropia na sua lista.

De vez em quando, eu abro e fecho rápido o carrinho. De vez em quando, eu abro e fecho devagar o carrinho. 

E o ideal é que a audiência não saiba tanto assim. Se ela começar a entender, o que você faz? Dá um choque nela.

E existe um dia certo para abrir o carrinho?

O dia de abrir carrinho

A minha tendência é sempre lançar depois do dia 10. Quando a segunda-feira cai no dia 12 é perfeito.

Eu não sei ao certo mas logo no começo do mês, ali entre os dias 5 e 10, muita gente ainda não pagou a fatura do cartão. 

Então é melhor deixar esse período para que as pessoas tenham crédito no cartão. 

Para o meu negócio, dia 12 é fantástico, é ouro.

Só que o mais importante é o seguinte: feito é melhor do que perfeito. Não adianta tentar encontrar o dia perfeito e não fazer, não lançar. Você sempre deve escolher o feito. 

Agora em relação ao dia da semana, eu sempre abro carrinho na segunda-feira. Porque tem mais engajamento.

Mas é a minha audiência que funciona assim.

Vai testando. Só assim você encontrar o dia que funciona melhor para o seu negócio.

Agora, uma pergunta que sempre fazem é:

Dá para lançar no feriado?

Feriado é ruim para o meu negócio, porque o meu público está muito voltado para a família. Então feriado é um momento de ficar mais com a família, de dar menos atenção para a internet.

Tanto é que quando eu faço uma live no feriado ou qualquer outra coisa, a tendência é ter poucas pessoas.

A não ser que seja um evento, obviamente. Porque nesse caso as pessoas usam o evento como uma desculpa para parar e focar nos negócios, nos objetivos delas.

Uma Masterclass Day em um feriado é fantástico. Inclusive, a gente fez uma em Recife no feriado de São João e foi uma das maiores masterclasses que a gente já fez. 

Foram 4.700 ingressos vendidos, se não me engano.

Eu não sei se você sabe, mas o feriado de São João é um dos mais importantes do Nordeste.

Então para o meu negócio, fazer um evento presencial até pode ser bom, mas lançamento não.

Só que isso não quer dizer que é ruim pra todo mundo.

O Ladeirinha, que lança a Cátia Damasceno, do Mulheres Bem Resolvidas, já fez um lançamento no Natal e quase atingiu 6 em 7.

Ele fez R$ 85 mil ou R$97 mil. Não sei ao certo, mas não foi 6 em 7 por pouco.

Inclusive, eu gravei um episódio Faixa-Preta com o Leandro Ladeirinha e o sócio dele Ruy Guimarães:

O Beto Altenhofen, que eu falei ali em cima, fez um lançamento no dia 1º de janeiro e foi um dos melhores lançamentos que eu já ouvi falar. 

Ele abriu carrinho exatamente no dia 1º .

Por que ele fez isso? Justamente porque era um timing que a maioria das pessoas não estava lançando. Ele era o único cara lançando naquele momento.

Foi um risco que ele tomou.

E nesse vídeo aqui, o Beto fala exatamente sobre como tomar decisões difíceis:

Isso me fez lembrar outra história.

O Mairo Vergara, que é professor de inglês e tem um curso nessa área, e eu uma vez fizemos uma aposta. 

(Se você não conhece o Mairo, ele é esse cara aqui:)

A parada era assim: quem fizesse mais lançamentos em um ano ganhava um picolé Chicabon. Era uma aposta amigável para ver quem ia crescer mais o negócio no ano de 2018. 

O Mairo decidiu fazer um lançamento durante a Copa do Mundo. E eu pensei “não vou lançar na Copa porque está todo mundo com atenção nos jogos”.

Ele lançou e se deu muito bem. 

Na minha opinião técnica, todo mundo pensou igual a mim e não lançou. 

As pessoas estavam sim prestando atenção na Copa do Mundo, mas elas não estavam acompanhando nenhum outro lançamento.

Então o Mairo não competiu, provavelmente, com nenhum outro lançador. Ele, potencialmente, era um dos únicos lançamentos durante a Copa.

Logo, o resultado dele foi muito bom. Eu não posso contar quanto ele faturou, mas por causa desse lançamento ele ganhou o Chicabon. Ao escolher não lançar naquele momento, eu fiquei com menos tempo para fazer os outros lançamentos durante o ano. 

A real é que ele foi no feito é melhor que perfeito e ganhou de mim. 

Feito é sempre melhor que perfeito.

E esse timing você conquista com o tempo. Tem que lançar, tem que testar.

E, com isso, vem outra pergunta:

De quanto em quanto tempo devo lançar?

De um lançamento para o outro, eu costumo deixar uma diferença de um mês a um mês e meio. Mas isso sou eu.

Não é uma regra. A grande sacada é testar.

Eu sempre imagino uma sequência de 7 lançamentos por ano. Então tem um intervalo de 2 meses ou até mais entre os meus lançamentos. 

Só que uma coisa não pode faltar na entressafra de lançamentos: conteúdo.

Isso porque é possível diminuir esse tempo entre lançamentos adubando o seu terreno, dando mais nutriente para essa terra. E você faz isso por meio de conteúdo.

Aqui nesse vídeo eu falo mais sobre a importância de entregar conteúdo de valor para a sua audiência:

Se você quer fazer uma colheita um pouco mais rápida, ou seja, fazer lançamentos com pouco tempo entre eles, é importante gerar valor para audiência.

Eu, por exemplo, tenho colheitas maiores porque eu estou plantando mais. Claro que a plantação não vem de um dia para outro… Mas é fundamental adubar a sua terra.

O meu canal do Telegram, o Galera Raiz, é uma grande plantação, que eu colho frutos a cada lançamento.

Dentro do Galera Raiz, eu gero mais atenção, fortaleço o relacionamento. 

Então não adianta querer fazer um lançamento atrás do outro se você não cuida da sua plantação. Não vai ter o que colher lá na frente. Querer lançar sem entregar conteúdo é um erro.

Agora, segue aqui comigo que eu vou te falar de outros erros…

Os erros mais comuns de timing

Existem alguns erros clássicos entre aqueles que não seguem o passo a passo da Fórmula de Lançamento.

Aliás, o primeiro erro, claro, é não seguir a Fórmula.

A Fórmula tem um timing próprio. Esse timing é uma espécie de sequência. 

Mas existem aquelas pessoas que colocam os carros na frente dos bois. 

Quem não conhece a Fórmula a fundo vai ficar viajando um pouco aqui… Mas eu sempre falo que a FL é: promessa, história e conteúdo. 

Com isso, vem um dos erros mais comuns:

Contar a história na hora errada

A Fórmula ensina que primeiro você promete uma coisa extraordinária e coloca plausibilidade nisso. Depois conta uma história e, por fim, entrega o conteúdo.

Essa é a sequência, o timing certo. 

Eu falo: história antes do conteúdo, história antes do conteúdo. Isso é timing.

E aí o que a pessoa faz? Coloca conteúdo antes de história. 

É um erro.

Na minha opinião, a justificativa para esse equívoco é que as pessoas não sabem a importância da história. 

Elas esquecem desse passo por não entenderem muito bem o processo como um todo, afinal estão começando nessa parada… São faixas-branca. 

Só que história é uma peça fundamental em um lançamento. Aqui nesse episódio sobre o gatilho mental da história eu explico tim tim por tim tim.

A real é que você até pode pular a história, mas para isso você precisa ser faixa-preta nessa parada.

Porque nesse caso, o seu conteúdo precisa compensar o que faltou para persuadir o seu cliente em potencial. E isso é muito difícil.

Para mexer na base de um lançamento, você precisa ser muito bom na teoria e na prática. Tem que saber muito bem os fundamentos antes de inovar.

Mas tem outro erro bem comum…

Dar a garantia antes de falar o preço

Por mais maluco que seja, esse erro também é comum.

Falar a garantia antes do preço é colocar a carroça na frente dos bois. 

É como tomar aspirina antes de ter uma dor de cabeça. Não faz sentido.

Não é o timing certo.

Analisa aqui comigo…

Imagina que você está treinando pesado, bate aquela sede e alguém te oferece um copo d’água. O timing não podia ser melhor, certo?

Agora, imagina que você está sentado tranquilo e alguém te oferece água. Vai ser a mesma coisa da situação anterior? Não. Aqui, o timing não está bem ajustado.

Isso quer dizer você precisa provocar a dor para gerar a necessidade… Aliás, não é nem provocar a dor. É salientar a dor, jogar atenção em uma potencial dor.

Sem a dor não adianta entregar o remédio. Sem preço não adianta mostrar a garantia. 

Tem uma história do Granville que é muito boa e dá para usar aqui como analogia.

Mas antes, se você não sabe quem é Lerry Granville, dá uma olhada nesse Faixa-Preta que eu gravei com ele:

Além de ser um excelente lançador, o Granville é especialista em sair de elevadores. 

Como ele já trabalhou na área de segurança, ele me disse que de todos os elevadores que ele foi treinado, ele consegue sair. 

Ele contou que uma vez, quando ainda trabalhava em segurança, estava com dois clientes e o elevador parou. 

E segundo ele, ficar preso no elevador é uma parada meio louca. Nos primeiros 30 segundos, todo mundo brinca e acha a situação engraçada.

O tempo vai passando e a pessoa começa a ficar ressabiada. E depois de muito tempo, a pessoa sempre começa a se desesperar e a gritar.

Voltando à história, ele ficou preso e não abriu o elevador logo de cara. Ele esperou todo mundo ficar desesperado.

E eu perguntei por que ele demorou a abrir a porta do elevador, já que ele sabia fazer isso. 

E ele falou: “Cara, se eu abro o elevador no primeiro sinal de nervosismo da pessoa, ninguém vai entender a dificuldade que é fazer isso. Ninguém vai dar valor”.

O Granville esperou o momento certo e abriu a porta para os clientes dele.

Timing é importante. 

Então não dá para entregar a garantia do produto antes de mostrar o preço. Assim, você faz a pessoa desistir antes mesmo de querer comprar.

Mas não basta ter apenas timing neste mundo dos lançamentos. Você também vai precisar de consistência. 

O que é mais importante: timing ou consistência?

Timing é importante? Sim, muito.

Mas consistência é mais importante do que acertar o timing. 

Por quê? 

Aqui eu volto na regra que rege tudo para mim: feito é melhor do que perfeito.  

Por exemplo. Para mim seria muito melhor se o Projeto #747 fosse às 7h47 da noite e não da manhã. Eu teria mais audiência, mais ideias, mais analogias…

Só que não é o melhor timing para mim.

Então eu decidi priorizar fazer a parada e ser consistente nisso do que buscar a perfeição.

Porque para mim feito é melhor do que perfeito.

Apesar da minha vida ser conturbada, eu tenho conseguido manter a consistência do #747. Mesmo precisando encaixá-lo na minha rotina às vezes.

A mesma coisa é a gravação do conteúdo do Galera Raiz, aquele meu canal de Telegram. Eu acho que o timing perfeito para gravar os áudios é logo depois do #747.

Eu criei um sistema até engraçado para fazer isso: antes do #747 eu escolho o que vou falar no Galera Raiz, mas só gravo esse áudio depois da live do #747. 

Então um pouco antes do Projeto  #747, eu coloco o timing para mim, por exemplo: “o áudio do Galera Raiz de hoje vai ser sobre a multidimensionalidade dos gatilhos”. 

E aí eu não gravo o áudio e vou pro #747. 

Quando eu saio do #747, a minha cabeça meio que mistura o que eu ouvi e falei no #747 com o eu que vou falar no Galera Raiz.

E assim eu saio do Instagram com vontade de gravar o áudio pro meu canal do Telegram.

Olha que louco. Mentalmente eu faço o #747 ser um gatilho, um disparador, da vontade de eu gravar o áudio do Galera Raiz. 

É como uma âncora.

Por exemplo. Quando eu fumava, geralmente, eu gostava de fumar depois de tomar um café.

Então café meio que puxava a vontade de fumar.

Aliás, para muita gente o café ou a pausa lá fora do prédio é a causa para fumar um cigarro. 

O que acontece? Um evento físico dispara o outro. 

Eu transformei o #747 em um evento que faz eu criar uma rotina e dispara aquela vontade de gravar o conteúdo raiz no Telegram.

Tem funcionado, mas às vezes não dá. Às vezes, não rola Projeto #747…

Ou porque eu tenho que fazer gravação de podcast ou porque eu atraso em algum compromisso ou acontece algo pessoal na minha vida. 

E quando isso acontece, atrapalha o Galera Raiz. 

Nesses casos, eu preciso fazer um esforço consciente muito grande para gravar um áudio pro Galera Raiz. 

Às vezes dá certo, às vezes não dá, depende do meu dia, do que está acontecendo.

Então se eu perco esse timing, aquele conteúdo não sai ou não sai tão fácil.

Para mim, ter consistência na rotina é fundamental. Caso contrário, eu fico sem timing.

Eu arrisco o meu hábito. 

Quem me acompanha há um tempo sabe que eu gosto de meditar. Inclusive, falei sobre isso nesse episódio do Podcast 6 em 7:

E, às vezes, eu arrisco o meu hábito de meditar. Eu medito sempre pela manhã.

E quando não dá para fazer isso pela manhã, eu preciso encaixar em um horário e isso dificulta muito a parada.

Eu diria que fica de 7 a 8 vezes mais difícil do que eu meditar na hora e, principalmente, no local que eu medito.

Então timing é bom até pra você sacar o seu timing interno, a sua forma de trabalhar.

Quando você saca o seu timing interno, o conteúdo fica mais fácil, outras habilidades ficam mais fáceis, reuniões ficam mais fáceis.

Então a grande sacada é você se observar. Cada pessoa é diferente, mas fica ligado, que faz muita diferença.

Por exemplo. Gravar o Projeto #747 às 7h47 da manhã não é a melhor hora para a minha audiência, porque tem muita gente no trabalho este horário. 

Seria melhor mais cedo ou um pouco mais tarde. Ou até à noite mesmo. 

Mas 7h47 é a melhor hora para mim. E isso faz a diferença. Porque se não for nesse horário, não tem como eu fazer essa parada com consistência. 

À noite, é tempo de família para mim. Então eu não negocio esse tempo. Não está em negociação por dinheiro nenhum esse momento. 

Claro que eventualmente eu faço alguma live ou gravação. Inclusive, já fiz lives à noite com alguns parceiros, mas não é algo que eu quero colocar na rotina. Esse é o meu tempo com a família. 

Agora, se eu fizer o Projeto #747 mais cedo, vai influenciar no meu sono.

Às, 7h47 é o timing perfeito pra eu fazer esse bate-papo com a minha audiência.

Então às vezes você vai ter que fazer no melhor timing para você e não para a sua audiência. 

Porque senão você não aguenta fazer isso consistentemente no longo prazo. 

E consistência é fundamental para manter o engajamento e o relacionamento com a audiência.

Conclusão

Neste artigo, você viu que em uma tradução literal, timing significa “cronometragem”, “prazo”, “coordenação do tempo”. 

Mas trazendo  pro nosso dia a dia, timing quer dizer “o momento certo de fazer algo”. E, por isso, timing é tão importante dentro de uma estratégia de marketing.

Isso porque saber o momento certo de agir é fundamental para conseguir o “sim” do seu cliente potencial e, assim, vender mais.

Eu te mostrei também que melhor timing para se dedicar ao projeto de fazer o 6 em 7 é quando você decide queimar a ponte. É quando você decide jogar o chapéu do outro lado e arranja um jeito de ir buscar.

O meu timing de queimar a ponte foi no meu dia do “chega”. Ou seja, quando eu não conseguia mais suportar o meu trabalho no banco. Para você pode ser diferente. O timing de cada um é diferente. 

Você viu ainda que existe timing para abrir e fechar o carrinho da sua oferta, assim como timing entre lançamentos. 

Eu destaquei também alguns erros comuns de timing, como apresentar a garantia antes da oferta ou a história antes da promessa.

Por fim, eu mostrei que a consistência no seu trabalho e no seu conteúdo é mais importante do que acertar no timing. Isso porque a consistência é fundamental para manter o engajamento e o relacionamento com a audiência.

Agora, se você quiser se aprofundar ainda mais nos assuntos relacionados ao mundo dos lançamentos e receber mais sacadas exclusivas, eu te convido a participar do meu canal do Telegram chamado Galera Raiz.

Tudo o que você precisa fazer é baixar o aplicativo Telegram e acessar o canal Galera Raiz através desse link: Quero entrar no canal Galera Raiz.

E aí, você já estava ligado nessa parada de timing? Já usava na sua estratégia de marketing?

Me conta aqui nos comentários.