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Eu acredito que existem 3 áreas fundamentais no seu lançamento.

Não quer dizer que as outras não sejam importantes, mas sim que nessas áreas é onde está o maior valor de inteligência da sua empresa. E se você souber gerenciá-las bem, elas podem dobrar ou até triplicar o faturamento do seu negócio. 

E conforme o seu negócio cresce, você precisa saber delegar algumas funções dessas áreas para dar conta do recado. 

Aí que vem o grande problema. 

Eu vejo muitos empreendedores que delegam essas 3 áreas fundamentais da pior maneira possível (na minha opinião): eles caem na cilada da terceirização.

Uma vez que isso acontece, eles se tornam reféns mesmo sem perceber, porque o controle do próprio lançamento foge das mãos deles. E isso pode custar caro lá na frente (custar caro = custar o 6 em 7, quiçá a faixa-preta).  

Se você não quer correr o risco que isso aconteça com você, então leia as próximas linhas com atenção porque eu vou te contar quais são essas 3 áreas, porque elas são fundamentais e qual é a alternativa para crescer sem terceirizar.

Foi essa sacada que eu dei quando o Augusto e a Ho, casal que fez 6 em 7 no nicho de inglês, quis tirar uma dúvida sobre o próximo passo que a empresa deles poderia dar. 

Essa conversa aconteceu durante o Podcast Faixa-Marrom e, caso você prefira, pode assistir a entrevista completa no vídeo abaixo:

Então vem comigo que vou começar esclarecendo o seguinte:

As 3 áreas fundamentais de um negócio de lançamentos

Direto ao ponto, as áreas são:

  1. Produto: é parte do core business, ou seja, é como se fosse o coração da empresa – onde está a base de todas as ações e estratégias do negócio.
  2. Lançamentos: é o que eu chamo de “área de vender”, ou seja, aquela área que cuida de todas as ferramentas e operações dos lançamentos – como suporte e entregabilidade.
  3. Tráfego: é a área responsável por distribuir seu conteúdo de forma paga para que ele apareça para o público que você deseja atingir.

Como eu já disse antes, é nessas áreas que se encontra o maior valor de inteligência da sua empresa. 

Isso significa que elas são vitais pra parada funcionar bem. E a real é que ninguém vai olhar e se esforçar pra cuidar tão bem delas quanto você mesmo. 

Por isso, eu sugiro fortemente que você busque sempre manter o controle dessas áreas fundamentais e, assim, intensificá-las ou melhorá-las do jeito que você quiser. 

Ou seja, esse controle de inteligência e intensidade deve estar dentro da sua empresa. 

Mas peraí…

Se a inteligência tem que estar dentro da empresa, mas você precisa delegar pro seu negócio crescer, só que terceirizar pode colocar o seu 6 em 7 em risco…

Então, o que fazer? Para responder essa pergunta, deixa eu esclarecer o seguinte:

O que é e o que não é “terceirização”

Vou começar pelo que NÃO é terceirização, na minha opinião: formar uma equipe. 

Isto é, contratar pessoas fixas, com vínculo com a sua empresa. 

Esse é o caminho que eu recomendo que você siga quando seu negócio começar a escalar tanto que, invariavelmente, você vai precisar de mais braços pra dar conta de tudo. 

Foi o que eu fiz (e faço até hoje) na minha empresa, a Ignição Digital. Eu tenho uma equipe que treino, capacito e que continua crescendo em quantidade e qualidade junto ao meu negócio e, assim, a inteligência sempre fica dentro da minha empresa.

Dito tudo isso, então, o que é terceirização?

Para mim, tem dois tipos: 

1º tipo de terceirização: Freela

Aquela em que o profissional faz o trabalho por você ou pela sua equipe, mas não tem nenhum vínculo fixo com a empresa. 

O freela é a pessoa que oferece a entrega do serviço já finalizado. Geralmente, é a forma mais comum quando se fala em “terceirizar”, até porque acaba sendo um caminho mais fácil ou rápido pra resolver uma demanda. 

Com a minha experiência, o freela pode ser contratado para as áreas não-fundamentais da sua empresa sem maiores problemas – principalmente serviços mais operacionais como edição de vídeos, por exemplo.

“Ah, Erico, mas eu conheço gente que só contrata freela pra tudo e funciona.”

Eu não disse que não funcionaria, mas esse é um atalho que vai pedir a conta lá na frente. E você até pode usar esse atalho, desde que você tenha consciência do que tá fazendo.

Porque como eu já falei, terceirizar as áreas fundamentais com freelas é como entregar o maior valor da sua empresa nas mãos de uma outra pessoa, se colocando numa posição de refém – se um dia a pessoa decidir não prestar mais serviço pra você, a inteligência da parada vai embora com ela. 

2º tipo de terceirização: Consultoria

Aquela em que o profissional chega pra te ensinar como fazer o trabalho. 

Ele analisa a situação, dá auxílio e te guia para resolver a demanda de forma conjunta. Mas não executa por você ou pela equipe. 

Spoiler: tem como usar a consultoria até mesmo nas áreas fundamentais (produto, lançamentos e tráfego), mas SE e APENAS SE você mantiver o princípio da inteligência estar dentro da sua empresa. 

Ou seja, você contrata a consultoria para ensinar como fazer, mas quem bota a mão na massa é você e sua equipe. Desse jeito, vocês não dependem de ninguém caso algum empecilho apareça depois.

Deixa eu te dar um exemplo de uma situação que aconteceu aqui na minha empresa.

Eu contrato um casal americano que gerencia os meus eventos há alguns anos, eles dão consultoria para a minha empresa.

No final do ano passado, a gente já tinha programado um evento com eles, mas chegou um cara maior, dos Estados Unidos (ou seja, pagando em dólar), que quis contratá-los para fazer um evento no mesmo dia.

Então, a gente perdeu esses consultores naquele momento.

Mas eu me desesperei com essa notícia? Não. 

E não me entenda mal, eu já tenho uma relação de longa data com eles, mas mesmo sem esse auxílio para aquele evento, eu não ia ficar prejudicado. 

Sabe por quê? Justamente porque eu não deixei essa inteligência e execução completamente nas mãos de um terceirizado.

Esse casal me ajuda com novas ideias, ferramentas de organização… Mas a real é que a minha equipe consegue fazer o evento sem esse auxílio. 

No final das contas, pela nossa relação de longa data, os próprios consultores decidiram recusar o outro cliente pra honrar o compromisso comigo. 

Mas se eles escolhessem o cliente que paga em dólar, óbvio que eu entenderia e, ainda assim, meu evento não iria deixar de acontecer.

E antes de encerrar essa conversa, eu quero deixar uma dica de ouro pra quando você decidir contratar uma consultoria ou formar a equipe que vai operacionalizar tanto as 3 áreas fundamentais dos seus lançamentos quanto as outras áreas:

Bônus track: Aprenda a fazer antes de contratar

Minha vó já dizia: pra saber mandar, tem que saber fazer. 

No início da empresa, eu e meu irmão Hugo fazíamos o nosso tráfego sozinhos. A gente aprendeu a fazer tráfego do literal zero. 

Aos poucos, fui formando equipe e, eventualmente, contratava um consultor para olhar as campanhas e dar sugestões – mas sem deixar um terceiro executar sozinho nosso tráfego, porque isso tira o aprendizado.

Eu já tinha essa noção há algum tempo, mas sei que muita gente não tem, por isso estou te explicando essa parada agora.

Aliás, essa lição foi aprendida de outra forma por um dos meus alunos da Fórmula, Pedro Nery, que hoje é faixa-preta no nicho de contabilidade. Ele fez quase R$300 mil já no primeiro lançamento e, deslumbrado com o resultado, acabou subestimando alguns aprendizados da caminhada.

E adivinha qual foi um desses subestimados? O bendito do tráfego.

Ele não tinha nem noção do que era pixel, tag manager ou qualquer outro conceito relacionado ao tráfego. Deixou tudo nas mãos de um freela e, por não entender dessas coisas, no momento em que ele deveria começar a escalar o negócio, na realidade começou a tropeçar.

Foi aí que a ficha dele caiu e ele correu atrás do prejuízo – dos ensinamentos que ele ignorou lá atrás. Aprendeu e começou a fazer o próprio tráfego, a copy, os vídeos… 

E aí sim, depois de aprender o que antes não sabia, ele voltou a delegar algumas dessas áreas pra alguém – mas sem deixar que a inteligência e o controle saíssem de suas mãos. 

Porque agora ele entendia o que precisava solicitar, como cobrar e analisar se aquilo tá sendo bem feito ou não. 

Por isso eu digo: seja pra formar equipe ou contratar uma consultoria, você precisa saber fazer pelo menos o básico antes de colocar alguém naquela função. 

Conclusão

O negócio em lançamentos possui 3 áreas fundamentais – produto, lançamentos e tráfego – e é nelas que se encontra o maior valor de inteligência da sua empresa. 

Só que, conforme o seu negócio cresce, é preciso delegar algumas funções dessas áreas para dar conta do recado. E é aqui que você pode acabar caindo na cilada da terceirização. 

Mas antes, é preciso entender o que NÃO é terceirização: e isso é contratar pessoas fixas, com vínculo com a sua empresa. Ou seja, formar uma equipe. 

Já na terceirização, há dois tipos de profissionais: o freela (alguém que faz por você ou por sua equipe) e a consultoria (alguém que ensina você ou sua equipe).

Então, pra não cair na cilada da terceirização, eu recomendo fortemente que você aprenda a fazer primeiro e invista em formação de equipe.

Caso considere necessário terceirizar alguma área, veja o freela como uma opção viável apenas para as áreas não-fundamentais. 

Já para as áreas fundamentais, você até pode usar a consultoria, desde que sempre mantenha o princípio da inteligência estar dentro da sua empresa. 

Você já tinha pensado nos riscos de terceirizar nessas áreas fundamentais do seu negócio? Conta pra mim aqui embaixo nos comentários.

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